sexta-feira, 9 de novembro de 2012

Intervenções sonoras finalizam atividades do II Seminário Latino-americano Rádio e Educação

Palestras, mesas redondas, relatos de experiência, oficinas e grupos de trabalho. Estas foram as atividades do II Seminário Latino-americano Rádio e Educação que se encerra nesta quinta-feira (08/11). O I Festival Latino-americano de Rádios Educativo também encerrou hoje sua programação com três intervenções sonoras: “Zuada no Pé do Ouvido”, “Caos, terrorismo poético e outros crimes exemplares” e “Rádio e Saúde Mental”.

Marcia Ximenes, mestranda em comunicação pelo Programa de Pós-graduação  em Comunicação (PPGCOM) da Universidade Federal do Ceará, foi convidada pela Catavento para dar a oficina de Noticiário e Entrevista voltados para Rádio, que aconteceu na terça e na quarta de 14h às 16h. Como estudante, ela coordenou uma das sessões do grupo de trabalho sobre Movimentos Sociais e apresentou um artigo.

Confira no vídeo a seguir, o depoimento de Márcia e de outros participantes e membros da organização do evento.


quinta-feira, 8 de novembro de 2012

Intervenções audiovisuais marcam o encerramento do I Festival Latino-americano de Rádio Educativo

“O espaço político, público, não está pronto. A gente tem que criar esse espaço e aparecer politicamente.” Foram estas as palavras utilizadas por Márcio Beloc, membro do Instituto Cultural Nikosia e colaborador do coletivo de rádio Potência Mental, durante as intervenções realizadas no encerramento do I Festival Latino-americano de Rádio Educativo.

As apresentações aconteceram na tarde desta quinta-feira (08/11) no pátio do prédio da FEAAC e contaram com a participação do artista visual e coordenador da Zuada Rádio Livre, Marquinhos, e do professor da UERJ e articulador da Rádio Kaxinawá Mauro Sá Rego.

O coletivo Aparecidos Políticos deu início à atividade apresentando o manifesto do rádio livre. “Com quantas perguntas se faz um pensamento¿ Com quantas rádios livres se faz uma revolução¿” indaga, fazendo uso de um material audiovisual correlacionando temas como a anarquia à liberdade.

 “Caos: Terrorismos Poéticos e Outros Crimes Exemplares”, intervenção idealizada por Mauro Sá, uniu, em material sonoro, uma intensa decupagem de várias obras artísticas realizadas à base do radiodrama. “Usei palavras, sons, ruídos e músicas mixadas principalmente pela estética sonora”, disse o professor.
Imagens e vinhetas da Rádio Nikosia, de Barcelona, fizeram parte da apresentação de Márcio Beloc, do coletivo Potência Mental, que, após a apresentação, interagiu com o público debatendo a temática.
O evento contou, ainda, com a participação da professora do Instituto de Cultura e Arte da UFC, Deisimer Gorczevski, que articulou o encontro a partir da Pesquisa In(ter)venções Audio-Visuais das Juventudes em Fortaleza e Porto Alegre.

I Encontro dos Grupos de Trabalho apresenta propostas inovadoras no campo da Comunicação e Educação



É cada vez mais importante a inclusão do rádio e de outras mídias na construção de novas perspectivas da Educação, tanto na formação de estudantes e professores quanto nas relações entre as comunidades e as instituições educacionais. Foram apresentadas e discutidas propostas relacionadas a essas perspectivas durante o I Encontro de Grupo de Trabalhos (GT), organizado pelas professoras do Programa de Pós-graduação do curso de Comunicação Social da UFC, Márcia Vidal e Deisimer Gorczevski, neste último dia do Seminário Latino- americano  Rádio e Educação.

Professores e estudantes do Ceará apresentaram diversos trabalhos relacionados desde projetos de inclusão do rádio nas escolas a projetos experimentais de educomunicação. Em uma das apresentações, no GT coordenado por Márcia Ximenes, o professor Luis Celestino relatou experiências do grupo de estudos que coordena pela Universidade Federal do Ceará – Campus Cariri. Através do mapeamento de práticas de comunicação na região do Cariri, o grupo procura o reconhecimento do curso de comunicação no lugar, questionando problemáticas como a apropriação ilegal das rádios comunitárias por igrejas e grupos políticos.

No GT organizado pela professora Deisimer, foram apresentadas experiências inusitadas como a intervenção sonora da professora Concília de LaTorre com o seu grupo de pesquisa  e o jingle de homenagem aos 30 anos da Rádio Universitária da UFC, produzidos pelo estudante de Comunicação Marco Fukuda. “Foi um GT muitíssimo rico, aprendemos muito, ficamos com vontade de aprender mais, de nos encontrarmos novamente”, comentou Pedro Rogério, radialista e professor de música da UFC que esteve presente no encontro. “Não esgotou, pelo contrário, é um GT obra aberta, uma obra aberta para a gente continuar a refletir”, completa.

Criatividade e troca de ideias nas oficinas do Seminário


As oficinas oferecidas pelo Seminário foram finalizadas na tarde desta quinta-feira (08).  Os encontros, que vinham sendo realizados desde terça-feira, tiveram como objetivo a discussão e a prática de atividades radiofônicas.

A oficina de radiorevista, por exemplo, propôs a realização de um modelo de programa com a inserção de temas variados. Patrícia Montenegro, integrante da oficina, comenta a experiência do aprendizado: “há alguns participantes uruguaios e argentinos, então nós podemos trocar informações sobre a rádio em nossos países”. Para ela, a forma brasileira de fazer rádio é mais informal do que a de outros países latinos, que são pontuais em conteúdo.

Enquanto as produções ganhavam ritmo, a oficina de radiodrama, ministrada pela jornalista Amanda Nogueira, buscava ensinar aos participantes como criar uma interpretação teatral para o rádio com uma temática social, o chamado sociodrama.  Ainda no contexto do radiodrama, a oficina de radioconto realizava uma adaptação de contos literários para o rádio. A facilitadora Klycia Fontenele, afirmou que o objetivo da oficina, além de compartilhar experiências entre os integrantes, era divulgar esse modo de produção radiofônica, principalmente, para o Brasil que, segundo Klycia, trabalha muito pouco esse tipo de interpretação.

Os momentos de aprendizagem proporcionaram a discussão, pesquisa e produção de programas de rádio. Alunos, professores e demais participantes puderam, ainda, refletir sobre diversas temáticas abordadas durante os encontros. Todas as produções das oficinas estarão disponíveis, em breve, no blog da cobertura colaborativa.

Para aprender com o rádio, todo lugar é válido!



Quem tem acesso à cultura? Qual o papel da educação no processo de produção de comunicação? Este s foram alguns dos questionamentos feitos pela professora Mônica Fantin durante a Mesa Redonda “Rádio Educativo, Cultura Escolar e Participação” que aconteceu hoje (08) como parte da programação do II Seminário Latino-americano Rádio e Educação.

A relação entre rádio e escola como alternativa de aprendizagem foi uma das linhas de discussão abordadas pela professora. Como resultado do diálogo entre meio de comunicação e ambiente escolar, Mônica cita as experiências de autoria e expressões da comunidade escolar por meio da participação de um processo educativo para além da sala de aula.

Segundo Mônica Fantin, a realização de projetos que incluem o rádio como instrumento de educação permite ao estudante a possibilidade de produção criativa e colaborativa, aspectos fundamentais para a formação cidadã. De acordo com a professora, a importância de espaços de reflexão, como este Seminário, está no fato de ser uma oportunidade para socializar experiências e dar visibilidade às boas práticas, além de problematizar as possibilidades do rádio em projetos na escola ou fora dela.

A discussão contou com a participação de Alma Montoya, diretora da ONG ComunicArte, da Colômbia. De acordo com Alma, o conceito de rádio-escola deve estar relacionado com a produção de sons rotineiros, não só da escola, mas também da comunidade.

Uma experiência apresentada por Alma, e que foi recebida de modo positivo pela platéia, chama-se “Burrófano”. A atividade consiste na utilização do animal que nomeia o equipamento sonoro, ou seja, o burro, como veículo de mobilização comunitária. Jovens e adultos se apropriam das caixas de som para fazer suas reivindicações que, com a ajuda do animal, ganha um alcance maior.

A Mesa contou ainda com a contribuição da professora Kátia Patrocínio que fez uma retrospectiva da comunicação comunitária em Fortaleza que, desde a década de 1980, vem desenvolvendo atividades com base em uma perspectiva participativa. A professora citou uma formação em rádio educativo realizada pela ONG Arcos Cepoca e, nos anos seguintes, pelo Unicef. Kátia reforçou que a perspectiva do rádio educativo começou nas comunidades e, em seguida, ganhou espaço nas escolas “ é interessante que a partiicipação continue existindo para garantir a perspectiva educativa do rádio”, salienta.

[Radioweb] Entrevista com Ismar Capistrano

No estúdio de rádio montado no II Seminário Latino-Americano Rádio e Educação, todo mundo tem voz! Quem ocupou o espaço no segundo dia de evento foi a entrevista realizada, pela cobertura colaborativa, com o professor Ismar Capistrano, doutourando da UFMG que ministrou a palestra Radioweb e Educação.

[Radioweb] Ao vivo, a cores, ao som!

O Seminário conta, desde seu início, com duas rádios instaladas nos corredores da FEAAC. O uso delas vem se dando de forma criativa e democrática, transformando-as em espaços para as mais diversas formas de expressão e constituindo uma atração especial do evento. No primeiro dia, estudantes do primeiro semestre de comunicação social da UFC entrevistaram adolescentes que fazem o programa Juventude na Comunicação, na FM Horizonte, em Horizonte (CE). Confira abaixo!