quinta-feira, 8 de novembro de 2012

Para aprender com o rádio, todo lugar é válido!



Quem tem acesso à cultura? Qual o papel da educação no processo de produção de comunicação? Este s foram alguns dos questionamentos feitos pela professora Mônica Fantin durante a Mesa Redonda “Rádio Educativo, Cultura Escolar e Participação” que aconteceu hoje (08) como parte da programação do II Seminário Latino-americano Rádio e Educação.

A relação entre rádio e escola como alternativa de aprendizagem foi uma das linhas de discussão abordadas pela professora. Como resultado do diálogo entre meio de comunicação e ambiente escolar, Mônica cita as experiências de autoria e expressões da comunidade escolar por meio da participação de um processo educativo para além da sala de aula.

Segundo Mônica Fantin, a realização de projetos que incluem o rádio como instrumento de educação permite ao estudante a possibilidade de produção criativa e colaborativa, aspectos fundamentais para a formação cidadã. De acordo com a professora, a importância de espaços de reflexão, como este Seminário, está no fato de ser uma oportunidade para socializar experiências e dar visibilidade às boas práticas, além de problematizar as possibilidades do rádio em projetos na escola ou fora dela.

A discussão contou com a participação de Alma Montoya, diretora da ONG ComunicArte, da Colômbia. De acordo com Alma, o conceito de rádio-escola deve estar relacionado com a produção de sons rotineiros, não só da escola, mas também da comunidade.

Uma experiência apresentada por Alma, e que foi recebida de modo positivo pela platéia, chama-se “Burrófano”. A atividade consiste na utilização do animal que nomeia o equipamento sonoro, ou seja, o burro, como veículo de mobilização comunitária. Jovens e adultos se apropriam das caixas de som para fazer suas reivindicações que, com a ajuda do animal, ganha um alcance maior.

A Mesa contou ainda com a contribuição da professora Kátia Patrocínio que fez uma retrospectiva da comunicação comunitária em Fortaleza que, desde a década de 1980, vem desenvolvendo atividades com base em uma perspectiva participativa. A professora citou uma formação em rádio educativo realizada pela ONG Arcos Cepoca e, nos anos seguintes, pelo Unicef. Kátia reforçou que a perspectiva do rádio educativo começou nas comunidades e, em seguida, ganhou espaço nas escolas “ é interessante que a partiicipação continue existindo para garantir a perspectiva educativa do rádio”, salienta.

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