terça-feira, 6 de novembro de 2012
Conferência de abertura debate o panorama do rádio educativo na América Latina
“O rádio educativo é diferente, alternativo, não é comercial. Somos a voz dos que não tem voz”, destaca a coordenadora de formação e pesquisa da Associação Latino-Americana de Educação Radiofônica (ALER), Maria Cianci, ao definir o papel social do rádio educativo na América Latina durante a conferência de abertura do II Seminário Latino-Americano de Rádio e Educação. A conferência aconteceu na noite de ontem (05/11) e contou, ainda, com a participação de Alma Motoya, coordenadora da ONG colombiana ComunicArte, e mediação de Edgard Patrício, coordenador geral do Seminário.
Logo no inicio da conferência, Alma Montoya, que também é pesquisadora especialista em Comunicação e Gestão do Desenvolvimento Comunitário, fez algumas provocações com o intuito de lançar uma visão panorâmica do cenário latino-americano em rádio educativo: “Como está o rádio educativo no continente? O que representa o atual momento?”. Para a pesquisadora, o ideal seria, por exemplo, que todas as escolas tivessem experiências em rádio educativo. “Com essas experiências, as crianças crescem em sua autoestima e liberdade de expressão, e essa é a importância do rádio educativo num contexto escolar”, explica.
A ALER é uma associação de rádios populares que surgiu em 1972, a partir da associação de 18 rádios que vinham promovendo um processo de alfabetização a distância principalmente na zona rural. A Associação tem como objetivo a busca pela construção de sociedades mais justas e dignas.
Segundo María Cianci, a proposta destas rádios é manter a identidade das pessoas que as estão produzindo, usar as suas próprias falas, como uma conversa informal, sem seguir o modelo convencional dos programas de rádio comerciais. Além de privilegiar a voz do povo, os veículos fortalecem também a organização social e política, buscando transformar a estrutura de seus países.
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